Uma noite de cão

Há algum tempo recebi um e-mail sobre doações de filhotes, eram 6 cãozinhos de chamar a atenção nas fotos, logo senti um desejo de criança em adotar um destes. Liguei para o meu pai pedindo uma "autorização" e o que mais me surpreendeu foi a animação dele no telefone, estava mais empolgado que eu, queria ver as fotos e tudo mais. Pois bem, chegamos em casa, mostrei o e-mail e depois deste dia meu pai me atormenta sempre que o possível perguntando sobre "quando vamos buscá-lo?" e me sinto feliz por poder ter mais uma companhia em casa.

Por fim decidi marcar de ir escolher qual eu iria levar, informei meu pai e fomos no último sábado para Mairiporã - lugarzinho looonge -, chegamos havia somente 3, um pretinho que era uma graça, super bonzinho, calminho, um branquinho super carinhoso, companheiro, um branco e preto hiper elétrico, bagunceiro e desde que eu havia visto as fotos o bagunceiro foi quem me chamou a atenção, dentre muitas conversas e opiniões que tivemos na hora da escolher, o caráter principal que meu pai adotou foi optar pela minha escolha.


Nada como uma "visita permanente em casa", fomos embora com o cãozinho em uma caixa forrada no carro, não resisti e fui atrás com ele, me apertou o coração ao vê-lo em sua primeira viagem de carro, ele passou mal, "chamou o hugo" 3x, babava que era uma "coisa de doido", demoramos a chegar em casa e enquanto isso meu pai foi arriscando uns nomes, Mancha?! Porque ele é meio branco, meio preto, todo pintadinho, a mãe eu nunca lembro a raça, mas o pai era Dalmata. Milou?! Do desenho "O Máscara". Max?! Porque esta é a primeira vez que ele anda de táxi?! Enfim um nome que gostamos, Max, consenso de ambos.

Meu pai passou vários anos em depressão e ainda há resquícios o que o deixa um tanto quanto desanimado, e o que faz uma pequena criaturinha como aquela, não sei se me deixou mais feliz o fato do Max ter adorado a minha casa ou o fato do meu pai estar super-feliz com a presença dele, o que importa agora é que temos mais um companheiro que não mede esforços para estar ao nosso lado.

É chegada a noite e esta é a primeira do Max em casa, acompanhei o guia "Esta querendo adquiri um cão?" da médica veterinária Silvia C. Parsi e na sessão psicologia animal ela orienta em relação à primeira noite deixá-lo no lugar onde ele ficará sempre, com sua ração, água, brinquedos e ir dormir, não trazê-lo para seu quarto caso contrário ele ficará dependente e vai querer dormir toda noite com você, pois bem, segui as orientações. Na teoria é ótima, na prática... o Max chorou, uivou, arranhou a porta, foi um terror, ele fazia este show a cada 2 horas e tem que ter o coração muito forte para não descumprir todas as orientações, hoje eu sei o real significado de "uma noite de cão", mas é bom não descumprir, isto ajuda na construção do caráter dele, a segunda noite foi mais tranquila, ele fez o show tradicional, mas somente 2x o que deixou meu pai e eu um tanto quanto felizes, agora é só esperar ele se acostumar com a casa, se acostumar conosco e daqui para frente tenho certeza que muita coisa irá melhorar, esta é a minha esperança.

Deixo só um conselho: Adote um animalzinho.

Este é o meu tchucão, há 1 mês atrás:



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Tiago Siguinolfi de Castro

"Uma nova vida estimula novos acontecimentos e novas felicidades"

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