Caminhos


Eu escrevo para uma mulher que existe, mas não é de verdade, que mora apenas nos meus sonhos, e para saciar minha vontade de escrever eu crio meu próprio ofício, modifico meus próprios pensamentos, trato e retrato de pinturas e pensamentos abstratos, porque quanto mais complicado, mais interessado nós homens ficamos, sendo que de certa forma o mundo feminino é o mais complexo explicado e vivido, o que nos trás a uma realidade imaginária, nós queremos entender, buscamos entender, nos esforçamos, mas em vão porque nem mesmo vocês se entendem.

No fundo cansamos de tentar entender e aceitamos que simplesmente precisamos de vocês, e dentre precisar e querer há um abismo tão grande que o iceberg do titanic fica pequeno neste vão, então eu quero, quero mais do que preciso, mas o que mais desejo hoje é voar além das nuvens, de forma a deixar o caminho que você tem trilhado paralelo ao meu, porque eu sei que você esta ali, mas as poucas ruas que nos ligam estão se apagando, se perdendo entre os matos, começa assim, nasce um ramo verde e senão passarmos por esta rua novamente outro novo ramo aparece, então chega uma hora que não sabemos mais o que é divisão e o que é rua.

Então concluo com uma decisão, decido colocar sementes, regar e esperar crescer, para que estas ruas desapareçam logo, porque hoje sou preso a pequenos detalhes que lembram você, então para que o ato de amadurecer faça planos em minha vida, eu decido te esquecer para que um dia alguém preencha com reciprocidade o vazio que há em todo homem solteiro.

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Tiago Siguinolfi de Castro

"Caminhos pouco percorridos, o mato cresce logo"

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